INTRODUÇÃO: EXISTE UM PROCESSO HISTÓRICO DE DISCRIMINAÇÃO, VIOLÊNCIA E DIFICULDADE DE ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE PELAS LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRANSEXUAIS E DEMAIS ORIENTAÇÕES SEXUAIS E IDENTIDADE DE GÊNERO, QUE DISTANCIAM DO CIS-HÉTERO-NORMATIVO E BINÁRIO. DESSA FORMA, COMPREENDE-SE A URGÊNCIA EM OLHAR PARA COMO AS(OS) ENFERMEIRAS(OS) (POR SEREM, NORMALMENTE, O PRIMEIRO CONTATO CLÍNICO COM OS(AS) USUÁRIOS(AS) DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS)) TÊM PERCEBIDO A ASSISTÊNCIA ÀS POUCAS PESSOAS LGBT+ QUE CHEGAM À APS. OBJETIVO: ANALISAR A PERCEPÇÃO DE ENFERMEIRAS(OS) DA APS NA ASSISTÊNCIA À PESSOAS LGBT+. MÉTODO: CONSISTE EM DADOS PRELIMINARES DE UMA PESQUISA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA FINANCIADA PELA FAPESP (PROCESSO Nº 2020/09350-8), DE CUNHO DESCRITIVO E ABORDAGEM QUALITATIVA. ATÉ O MOMENTO, FORAM REALIZADAS 7 ENTREVISTAS SEMI-ESTRUTURADAS COM ENFERMEIRAS DA APS DE DIFERENTES CIDADES DO ESTADO DE SÃO PAULO. AS ENTREVISTAS FORAM GRAVADAS E TRANSCRITAS E ESTÃO EM PROCESSO DE ANÁLISE DE CONTEÚDO. RESULTADOS: OS RESULTADOS PRELIMINARES APONTAM A DIFICULDADE DE LIDAR COM ESSA POPULAÇÃO, TANTO PELA AUSÊNCIA DE CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DURANTE A FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA QUANTO PELA ESCASSEZ DE OPORTUNIDADES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE ENVOLVENDO A TEMÁTICA. TAIS CONSTATAÇÕES TAMBÉM FORAM IDENTIFICADAS POR MEIO DAS RESPOSTAS, QUE APRESENTAVAM EQUÍVOCOS RECORRENTES QUANTO À DIFERENCIAÇÃO DE IDENTIDADE E EXPRESSÃO DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL, O QUE REFLETE A DIFICULDADE DE COMPREENDER A COMPLEXIDADE QUE ENVOLVE A SEXUALIDADE, INTERFERINDO NO ESTABELECIMENTO DE UMA RELAÇÃO EMPÁTICA E CENTRADA NO VÍNCULO. CONCLUSÃO: A PESQUISA AINDA ESTÁ EM PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO, CONTUDO, OS DADOS APONTAM PARA A NECESSIDADE DO FORTALECIMENTO TANTO DA FORMAÇÃO DAS(OS) FUTURAS(OS) ENFERMEIRAS(OS) QUANTO DO DESENVOLVIMENTO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE A PARTIR DAS CONSTATAÇÕES APRESENTADAS NA PESQUISA, SENSIBILIZANDO OS(AS) PROFISSIONAIS DA SAÚDE A PAUTAREM ESSA TEMÁTICA EM SEUS CONTEXTOS DE CUIDADO EM SAÚDE.