O presente artigo busca identificar e analisar a figura do Carlos Dias Fernandes, entre 1913 e 1914, procurando delinear possíveis correlações desse sujeito, apreendido enquanto intelectual, e as dinâmicas do contexto social, cultural e educacional do Estado, tomando como base a instituição do Lyceu Parahybano. Sendo assim, objetivamos a apreensão do Dias Fernandes, partindo de alguns aspectos de sua trajetória e de suas ideias em torno de uma noção de pátria. Dito isto, importa destacar que a tessitura dos caminhos percorridos por figuras consideradas como intelectuais em determinadas épocas, permitem o entendimento das possíveis conjunturas existentes, bem como do desenrolar das ideias ali forjadas, entre meados do fim do Império e o início na República. Constitui importante caminho para apreensão de uma História da Educação – seus sujeitos instrucionais, espaços escolares e ideias -, o corpus documental dos periódicos, sendo essa a principal fonte empregada na pesquisa, a saber: O Norte, O Jornal e A União. Este último, tem grande relevância não só por ser o órgão oficial do governo, no qual o Carlos Dias Fernandes era diretor, mas também por ter sido o local da publicado de sua conferência proferida no Lyceu - Noção de Pátria. No que pese ao suporte teórico-metodológico, destacamos a História Cultural como elemento norteador, sendo o campo da História da Educação e da história dos intelectuais pontos dialógicos do processo construtivo do conhecimento aqui apresentado.