O objetivo deste estudo, de abordagem qualitativa, foi ampliar os conhecimentos acerca das dificuldades e desafios do professor iniciante do ensino fundamental I ao lecionar o componente curricular de matemática, esta que desempenha um importante papel ao longo da vida do estudante, estando presente em todo seu cotidiano. A pesquisa foi realizada com três professores iniciantes, sendo eles: Eduardo, Santo André, Luciana, Barueri e Joelma, São Paulo, centro. Estes possuem entre 1 e 3 anos de carreira, residem no estado de São Paulo e trabalham em redes públicas ou privadas de ensino. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, utilizando o efeito bola de neve, através de um questionário aberto semiestruturado. As entrevistas foram gravadas, com autorização dos entrevistados, transcritas, sistematizadas e analisadas na perspectiva de Bardin (2016). Neste sentido, construiu-se categorias que permitiram aproximação das zonas de sentido. Na análise de dados, constatou-se que os três entrevistados se sentiam despreparados para ensinar matemática em sala de aula e não recebiam qualquer apoio, seja da instituição ou dos colegas de trabalho para realizarem trocas de experiências e momentos para refletirem sobre sua prática em sala. Os resultados obtidos nesta pesquisa revelam a importância de os professores receberem uma formação voltada para área de exatas, para que assim o ensino seja significativo e prazeroso tanto para o educador quanto para o educando, podendo incorporar o uso das tecnologias da informação e comunicação (TICs) em seu dia a dia, como defendem Bacich (2020) e Cohen (2017). Os resultados também relevaram a importância de as escolas fornecerem um tempo de troca entre os professores iniciantes e os pares mais experientes, a fim de potencializar o ensino e aprendizagem em sala de aula.