A formação inicial prepara os docentes em termos de conteúdos específicos e aparato didático-metodológico, enquanto os estágios supervisionados são espaços propícios para o exercício de habilidades e competências. Nesse contexto, o ensino de Botânica é um desafio frequente para professores da Educação Básica por diversos motivos, que nem sempre são associados ao docente. Em vista da necessidade de repensar o ensino desta área, visando aproximar os estudantes do conteúdo, a Sequência Didática (SD) se monstra como elemento facilitador para o ensino mais significativo e ativo. Desta forma, este trabalho objetiva relatar e analisar uma experiência proveniente do estágio docente, estabelecendo conexões entre os processos formativos da sala de aula e a nossa formação inicial. Assim, a SD foi desenvolvida em 5 etapas, sendo: (i) Bate-papo Introdutório, que oportunizou aos alunos expressar suas falas, curiosidades e conhecimentos prévios da temática; (ii) Passeio Pedagógico, que permitiu a saída da sala de aula para conhecer as plantas, estimulando o olhar científico sobre os vegetais e desvelando a ideia de que o sucesso/ocorrência de aulas práticas depende de um laboratório; (iii) Aula Teórica, que visou aprofundar conceitos/estruturas vegetais vistas na etapa anterior, bem como mostrar a evolução e diversidade das plantas; (iv) Orientação de Atividade, momento essencial para dar aos alunos as condições necessárias para execução das demandas solicitadas, assim como evidenciar as dificuldades dos estudantes e buscar superá-las; e (v) Socialização Final, ocasião em que os alunos puderam expor os dados coletados na segunda etapa, relacionando com aspectos teóricos provenientes de suas pesquisas. Destarte, observamos que a SD permitiu o desenvolvimento do ensino com abordagens ativas e significativas que fogem do cotidiano dos alunos, bem como se tornou um elemento marcante e de grande relevância na nossa formação inicial por abrir o espaço de práticas e reflexões sobre o fazer docente.