Este estudo tenciona discutir sobre práticas educativas antirracistas, tratando-se de uma proposta educacional na perspectiva do respeito às subjetividades e valorização da ancestralidade africana que deve ser efetivada com urgência na sociedade contemporânea. Esses valores devem ser trabalhados na educação infantil com objetivo de dar voz ao segmento negro da população e (re)significar a educação em prol da igualdade racial. Nessa premissa, o objetivo deste artigo é mostrar como trabalhar práticas antirracistas na educação infantil a partir da obra literária infantil Cachinhos, conchinhas, flores e ninhos, publicado no ano de 2015 pelo autor Maurilo Andreas, ilustrado por Giselle Vargas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa. Para coleta de dados foi realizado uma pesquisa bibliográfica com os autores; Ribeiro (2019) que traz discussões sobre práticas antirracistas; Gomes (2002) discorre sobre a relevância do corpo negro e do cabelo crespo no âmbito educacional; Sousa (2018) aborda questões referentes a representatividade negra na literatura Infantil dentro e fora da sala de aula e Trinidade (2012) disserta sobre a diversidade étnico-racial como prática pedagógica durante a educação infantil. A partir da pesquisa realizada, compreendemos que as práticas pedagógicas antirracistas presentes no livro analisado contribuem para o (re)conhecimento, autoaceitação e valorização das singularidades, dada a relevância do trabalho com a literatura infantil e afro-brasileira desde a mais tenra idade.