O presente trabalho discorre sobre a situação de ingresso e permanência de crianças migrantes em contexto escolar no Brasil. Apesar de ser um direito básico instituído pela legislação brasileira, o processo de inclusão escolar dos pequenos migrantes têm apresentado desafios relacionados à formação de professores, políticas educacionais que garantam o processo de escolarização e a ausência de materiais adequados ao ensino do português como segunda língua. É nesse viés que esse trabalho se propõe a apresentar um recorte da discussão realizada em uma pesquisa de mestrado em andamento no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Para embasar a discussão de que é preciso pensar em práticas que validem o pequeno migrante enquanto sujeito ativo em sua aprendizagem, apoiamo-nos numa revisão integrativa de literatura, que consiste em uma análise atenta e crítica acerca de produções previamente produzidas a respeito da temática, baseada em autores cuja perspectiva alinha-se a conceituação de alfabetização enquanto processo discursivo, à importância das narrativas literárias infantis e o poder da palavra, e do português como língua de acolhimento.