Esta pesquisa é um Estudo de Caso realizado no Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - CAP UERJ, que tem por objetivo discutir estratégias pedagógicas discursivas de alfabetização que, ao considerarem os diferentes sujeitos que constituem as escolas brasileiras, efetivamente contribuam para a formação de leitores e escritores. Nove entrevistas foram realizadas com docentes do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental I. O referencial teórico deste trabalho está apoiado na perspectiva discursiva de alfabetização, representada por autores como Smolka (1999), Geraldi (2013) e Goulart (2020). Os resultados observados evidenciaram que as práticas alfabetizadoras empreendidas no CAP UERJ versam pela abordagem da linguagem em contextos reais de comunicação, que partem da diversidade dos gêneros discursivos, valorizando a subjetividade dos estudantes, que são vistos como sujeitos cognoscentes em papel ativo de pesquisadores frente ao trabalho desenvolvido em forma de projetos. Além disso, a inclusão de práticas pedagógicas que valorizam a diversidade cognitiva, cultural e social dos estudantes foi outro destaque do estudo. Assim, os professores adaptam os projetos pedagógicos conforme as necessidades e interesses específicos de suas turmas, criando um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e significativo. Verificou-se que isso somente é possível devido à autonomia docente, ao incentivo pela formação continuada e à garantia do tempo de planejamento, que se dá a partir da bidocência. Conclui-se que a abordagem discursiva de alfabetização possibilita atender a diversidade dos sujeitos que compõem as salas de aula, bem como seus processos individuais de aprendizagem.