Este artigo objetiva apresentar a proposta metodológica utilizada na implementação do conteúdo "desigualdades sociais no meio urbano" em aulas de Geografia, nas quais os alunos foram desafiados a criar uma cidade fictícia. Os sujeitos participantes são estudantes da segunda série do Ensino Médio de um colégio público no Paraná. Para refletir sobre o meio urbano trouxemos Lefebvre (2004 e 2008), para a análise dos resultados na perspectiva da abordagem fenomenológica hermenêutica fundamentamo-nos nos autores Edmund Husserl (2000), Hans-Georg Gadamer (1999), Gamboa (2018), Albuquerque e Portilho (2022), enfatizando a interação entre sujeito (aluno) e objeto (cidade fictícia), com intenção de compreender as dinâmicas sociais e refletir sobre as realidades urbanas. Incluíram-se aulas expositivas e dialogadas sobre desigualdades, seguidas pela criação da cidade fictícia, onde os alunos realizaram pesquisas sobre características geográficas, tipos de desigualdades e formas de violência predominantes. Os resultados demonstraram que os alunos não apenas absorveram conhecimento teórico, mas a tarefa de criarem as cidades proporcionou a eles um ambiente de aprendizagem dinâmico e estimulante, onde os alunos se tornaram agentes ativos na construção de soluções para problemas sociais complexos. Essa proposta sinaliza a eficácia de metodologias que promovam a reflexão crítica dos alunos, um exercício que não apenas os envolveu na construção do conhecimento, mas também aumentou significativamente seu engajamento com o tema, que cultivou uma consciência reflexiva em relação aos desafios sociais enfrentados nas áreas urbanas.