Este trabalho objetivou analisar até que ponto a etnoterritorialidade se constitui como processo de ensino-aprendizagem e/ou práticas pedagógicas na construção do conhecimento local. Para isso, constituiu-se como base epistemológica a Complexidade e os princípios da transdisciplinaridade (MORIN, 2016; NICOLESCU, 1999; SUANNO, 2015), bem como a etnoterritorialidade de Paul Claval (2007). O método utilizado foi a cartografia etnoterritorial (COSTA, 2013) e apresentou como circuito metodológico I. Diário de campo; II. Cartografia da memória: sistematizada em desenhos e gravações de áudio; III. Reconhecimento territorial; e IV. Cartografia geolocalizada, nas comunidades Indígena Sateré-Mawé de Nova Alegria e Comunidade Quilombola de Santa Tereza do Matupiri, ambas localizadas no Baixo Amazonas, a leste do Estado. Como resultado podemos destacar um bom aproveitamento da comunidade sobre as práticas aplicadas em campo, como processo promissor de ensino-aprendizagem.