Este trabalho é um recorte de uma pesquisa em andamento. Seu objetivo é compreender as condições estruturais e organizativas das bibliotecas/salas de leitura de quatro escolas públicas de Educação Infantil e Anos Iniciais. Para inteligibilidade dos dados, recorremos à metodologia qualitativa, com interpretações baseadas na Análise de Conteúdo. Os resultados foram analisados tendo os estudos decoloniais, interculturais e críticos emancipatórios como suporte. Os resultados indicam que as bibliotecas foram adequações feitas em espaços existentes, tornando-as inadequadas para as finalidades a que se destinam, com uma exceção. A organização, devido às inadequações, fica prejudicada, em relação ao acervo e aos materiais. Compreendemos que os ambientes de leitura perpetuam a lógica histórica dominante, ou seja, a lógica colonial ao permanecer com um modelo não inclusivo da cultura dos diversos povos caracterizados como não brancos.