Os textos que compõem o painel convergem para a necessidade de desconstruir a cultura patriarcal na área da Educação Física, promovendo uma formação docente mais justa, igualitária e emancipadora. O texto 1, intitulado “Questões de gênero e educação física: o caso do curso de licenciatura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro", analisa a grade curricular do curso de Licenciatura em Educação Física, evidenciando a reprodução da estrutura patriarcal na Universidade. O texto 2, "Apostas teórico-epistemológicas para a pesquisa sobre gênero e sexualidade na educação física: caminhos e possibilidades", reflete sobre os caminhos percorridos pela produção científica do campo de estudos sobre gênero e sexualidade na área da Educação Física escolar também discute as contribuições da vertente feminista pós-estruturalista, da teoria queer e da interseccionalidade, além da proposta da coeducação para a construção de uma Educação Física mais inclusiva. Já o texto 3, "Estudantes trans e o uso dos banheiros nos/dos/com os cotidianos escolares e universitários", destaca a importância dos direitos das pessoas trans, a partir de uma palestra desenvolvida no CAp-Uerj para os professores e alunos de Educação Física. Através de uma pesquisa sobre os direitos e dificuldades enfrentadas pelas pessoas trans em escolas e universidades, o estudo propõe a construção de uma cultura inclusiva nesses espaços, como a implementação de banheiros de gênero neutro. Em conjunto, os três textos demonstram a urgência de transformar o ambiente educacional num espaço de aprendizagem que promova a equidade de gênero, a diversidade sexual e a representatividade de todas as identidades.