Artigo Anais do ENLIC Centro Oeste - Encontro das Licenciaturas da Região Centro-Oeste e II Seminário Integrador do PIBID da UFMT

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-034-9

O PAPEL QUE SILENCIA A ALMA: RACISMO E PRÁTICAS MÉDICAS NA EDUCAÇÃO, UMA REFLEXÃO

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Publicado em 19 de março de 2025

Resumo

Embora as práticas médicas estejam pautadas, hegemonicamente, por princípios universalistas e igualitários, isto é, com princípios biologistas, o objetivo central desse artigo é tencionar tais concepções ao considerar a heterogeneidade e multiplicidade no fazer médico e sobretudo, no ato pedagógico ante as determinações históricas, sociais. Refletir sobre a funcionalidade das práticas médicas no âmbito da educação escolar e suas relações com o racismo. Trata-se de um ensaio crítico fruto de uma revisão bibliográfica sistemática, para tanto a base teórica utilizada foi: Barbosa, 2021, Barros, 2019, Fanon, 2020, Foucault, 1980. É inegável a importância das práticas médicas para a aprendizagem e desenvolvimento do escolar, todavia, é imperioso refletir que ao serem trazidas para o interior das práticas pedagógicas (escola), sem tratamento pedagógico, ela discrimina, segrega e transforma os professores em profissionais que estão a serviço das práticas médicas, movimento esse que esvazia a escola de conteúdo, fragilizando os mais vulneráveis nessa relação, os educandos negros. O presente texto foi dividido em introdução onde se apesentou um panorama geral dos efeitos nocivos da modernidade para a população negra africana, revisão teórica, onde se apresentou o racismo e suas modificações em específico no campo da educação escolar. Material e Método, onde apresentou-se os caminhos e formas de refletir sobre a problemática da educação escolar do negro e o laudo médico como gerenciador da chave que abre as portas da humanização, ainda que o laudo médico, que as práticas médicas, disfarçadas em neuro pedagogias, neuro aprendizagem, não torne a criança negra doente e sobretudo, que retirem dela sua condição de devir humano, pois, é importante salientar que ninguém nasce humano, ele se torna humano na presença de outros humanos. Por fim, as considerações finais, onde se apresentou reflexões como possibilidades de superação da condição histórica vivida pelos negros em nosso país.

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