O Programa Ganhe o Mundo tem contribuído para o desenvolvimento de mais de oito mil estudantes do Ensino Médio ao longo de onze anos. Em sua trajetória muitas aprendizagens foram contadas e expostas. Tendo em vista o impacto deste programa para a educação pernambucana nos propomos em aprofundar algumas questões que foram visualizadas em nossa pesquisa de Doutorado em andamento da UFPE. Durante as entrevistas realizadas com dez estudantes, sendo cada um, representante dos dez países que eles fizeram intercâmbio durante o Ensino Médio, percebemos que no processo de intercâmbio algumas aprendizagens foram adquiridas pelos estudantes. Alguns estudantes ao serem questionados sobre se houve mudança de comportamento diante da vida nos aspectos emocionais e relacionais após o intercâmbio, responderam que se sentiam outras pessoas após a experiência de mobilidade acadêmica. Para alguns, foram impulsionados à comunicação com colegas e professores das escolas e interação com a família no país de intercâmbio. O contexto em que estavam imersos pode ter contribuído para o desenvolvimento de aspectos relacionados a sociabilidade. E com isto criaram redes de sociabilidade durante o intercâmbio e após a experiência. Diante deste recorte na pesquisa nos propomos: analisar a existência destas redes de sociabilidade entre os estudantes intercambistas. Para tanto iremos: identificar dez estudantes e mapear as possíveis redes de sociabilidade através de entrevista com os estudantes pós-intercambistas. Adotaremos como princípios metodológicos a análise de redes baseados nos pressupostos de Marques, Dornelas, dentre outros. Quanto as questões de análise sociológica faremos uso dos pressupostos teóricos de Norbert Elias. Como indícios de resultados apontamos que os estudantes intercambistas estabeleceram uma rede de social que os ajudou na sobrevivência e superação de dificuldades durante o intercâmbio. Houve também a preservação de laços afetivos com colegas, professores e famílias internacionais.