O presente trabalho visa analisar quais termos são predominantes na proposta o Programa Future-se, e qual - ou quais - concepções e modelos de universidade fazem-se presentes dentro de tal iniciativa, e justifica-se pela necessidade da discente em pensar quais teorias, discursos e concepções perpassam a proposta que, mesmo após um corte orçamentário de 30% da IFES, garante que o governo não deixará de manter seu financiamento, mas permite que as instituições abram oportunidades para o estabelecimento de parcerias com empresas privadas. Para a pesquisa, utilizou-se uma metodologia de análise qualitativa e organização dos dados através de uma nuvem de palavras, em que os termos de mais recorrência estão em um tamanho maior em comparação aos outros. A proposta está dividida em três eixos, sendo o Eixo 1 - Gestão Governança e Empreendedorismo formado por termos como naming rights, ranking e parcerias público-privadas; o Eixo 2 - Pesquisa e Inovação, também menciona o ranqueamento das instituições, aproximações com a iniciativa privada para o financiamento de pesquisas e a criação de um ambiente de negócios embasado nas startups; por fim, o Eixo 3 - Internacionalização, direciona a mesma para a pesquisa aplicada, a revalidação de diplomas emitidos por instituições de alto desempenho e o estabelecimento de parcerias com instituições privadas com o objetivo de possibilitar publicações científicas em periódicos de outros países. Por mais que os três eixos estejam divididos em temáticas mais direcionadas, nota-se que estão interligados, principalmente no que tange à iniciativa privada e suas possíveis intervenções no financiamento das instituições federais. Com essa dissolução do público, conclui-se que tal proposta está diretamente relacionando àquilo que Chaui (1999) e Sguissardi (2006) denominam universidade heterônoma, que possui influência direta do Estado, da indústria e do mercado.