Artigo Anais do IX ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

EDUCAÇÃO INDIGENA NO ENSINO DE HISTÓRIA, UMA JANELA PARA A PLURALIDADE

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Publicado em 28 de novembro de 2023

Resumo

A partir dos anos 1990, o Brasil viu crescer o interesse pelos estudos sobre história indígena. Nesse período, houve um aumento significativo na produção de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses, abordando as questões indígenas em programas de pós-graduação pelo país. Posto isto, esta discussão chegou ao ensino básico. O que nos permitiu um maior aprofundamento de diálogos e apropriação da nossa história. Como vimos ao longo deste segundo módulo de Residência Pedagógica, da Universidade de Pernambuco (UPE) na Escola Estadual de Referência em Ensino Fundamental Eduardo Coelho em Petrolina- PE. No entanto, essa valorização da história indígena trouxe consigo também um movimento que questiona a visão idealizada dos indígenas, buscando compreendê-los em um contexto contemporâneo, desmistificando a ideia de que estão presos no passado. Isso envolve a inclusão da história indígena nos currículos escolares, sendo a disciplina de história central nesse contexto. Assim, nas turmas de 6° ano, na qual esta temática foi desenvolvida, pudemos perceber a cristalização de perspectiva tradicional, que ainda se mantém nos currículos. Levamos para a sala de aula algumas problemáticas, tais como: a capacidade de agência dos povos indígenas no período colonial, o contato do indígena com a globalização e a participação ativa destes povos no mundo contemporâneo. Desta maneira, podemos notar que a criação da Lei n° 11.645, que tornou obrigatório o ensino da história dos povos indígenas e afro-brasileiros na educação, visa promover a pluralidade de saberes que moldaram a sociedade brasileira. Em um contexto global de degradação ambiental, o estudo das formas de vida mais conectadas com a natureza, como a dos povos indígenas, ganha destaque na formação de um novo indivíduo para esse tempo. Durante o decorrer deste módulo, pudemos concluir, portanto, que o ensino de história voltado para perspectiva de integração social se faz necessária, ao passo que buscamos desconstruir uma narrativa eurocêntrica, que foi continuamente perpassada na educação. Com isto, é possível afirmar que o papel político e social cumprido pela Lei N° 11.645 age em função da criação de uma nova geração que compreende sua história e sua formação humana pluralizada.

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