A interseção entre biologia e astronomia pode ser destacada, usando o exemplo do girassol, uma planta que aparentemente segue o movimento do Sol. A compreensão desses fenômenos astronômicos e suas influências na Terra é considerada fundamental para a educação científica. Esta pesquisa explora os obstáculos epistemológicos e pedagógicos que possam afetar a compreensão dos movimentos celestes dos alunos do curso de Ciências Naturais em relação à conexão entre o girassol e a astronomia. Essas conexões são relevantes há uma habilidade na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de Ciênicas Naturais em desenvolver a capacidade de reconhecer os movimentos da Terra em relação ao Sol por meio das mudanças observáveis na sombra de uma vara (gnômon). A pesquisa foi qualitativa e quantitativa em que os alunos do curso de Ciências Naturas da UFPA de Belé, responderam questões abertas e fechadas. A análise foi feita à luz da teoria de Gaston Bachelard. A pesquisa revelou que a maioria dos alunos não havia estudado o girassol em contextos educacionais formais. Também identificamos concepções errôneas sobre o movimento dos girassóis em direção ao Sol, o que pode representar obstáculos epistemológicos para a compreensão precisa dos movimentos celestes. Além disso, muitos alunos não estavam cientes de exemplos além do girassol de plantas ou organismos que se movem em resposta à luz. Este estudo destaca a importância de reconhecer e abordar as percepções dos alunos sobre a relação entre o girassol e a astronomia, visando uma educação científica mais significativa e a superação de obstáculos epistemológicos e pedagógicos no ensino de ciências.