Este trabalho nasce da necessidade de aperfeiçoar o uso da lei 10.639/2003 nas escolas. A imagem forjada do negro ainda é associada ao conceito social de raça, herdeira da escravização, da colonização e do racismo científico, que enclausura esse grupo humano dentro de uma perspectiva de animalidade e de inferioridade; o próprio continente africano é colocado dentro de um patamar de imagens negativas, criando uma representação e um estereótipo para o negro. É pensando nos motivos que levam grande parte dos profissionais a se condicionarem a tal imagem e violarem a lei 10.639/2003, por fatores como a falta de conhecimento com relação aos temas a serem abordados em sala de aula, que esse artigo visa esclarecer principais caminhos, em forma de temas principais e a sua devida contextualização, a fim de que os docentes possam tomar como orientação durante a abordagem da lei em suas aulas. Para tanto, utilizou-se dados da pesquisa do Geledés, 2022, em que constatou-se a ausência da referida legislação em grande parcela das escolas brasileiras; e análise das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Estudo das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, em que utilizou-se uma abordagem de pesquisa qualitativa de cunho comparativo acerca da relação entre o uso atual do tema étnico-racial no ensino e de como a lei solicita que seja aplicado nas escolas. Conclui-se que este trabalho visa contribuir para a formação docente sobre o tema, embora não substitua o documento das diretrizes.