A escola se caracteriza por um ambiente em que naturalmente ocorrerá o uso da língua em situações de interação social. Porém, essa mesma língua encontra-se em constante avaliação, na modalidade oral e principalmente escrita. O processo de adaptação ao ambiente escolar não se dá instantaneamente com o ingresso na sala de aula, pois a criança não é uma “tábula rasa”, ao contrário, já é dotada de uma gramática internalizada, ou seja, uma “língua” aprendida no ambiente familiar a qual está inserida. Assim, essa discussão concentra-se em torno dos processos da passagem da modalidade oral para a escrita durante o período inicial da alfabetização, tendo em conta as contribuições da Linguística para que o ambiente de sala de aula se torne propício ao aprendizado das diversas modalidades da língua (fala e escrita), considerando, principalmente, as situações concretas em que a interação se efetiva. A partir das observações em campo durante os estágios do Programa Residência Pedagógica constatou-se a suma importância da utilização dos estudos da linguagem no processo de ensino durante a alfabetização e o letramento, bem como nos mecanismos de produção da leitura enquanto a decifração e a compreensão gráfica e funcional da língua. Este estudo é fundamentado na metodologia explicativa, a qual consiste na identificação e descrição das características do fenômeno observado de maneira sistemática, bem como da sua contribuição para a ocorrência dos mesmos.