Desde 2017, após a promulgação da Lei 13.415, o ensino da língua espanhola tem tentado contornar os desafios de sua implementação e permanência nas escolas brasileiras. A Residência Pedagógica (RP), em contrapartida, tem buscado alguma forma de garantir essa oferta, a despeito dos poucos subprojetos contemplados no Edital 024/2022 (Beckhauser, 2024, no prelo). Com base nesse cenário, o presente trabalho tem o objetivo de apontar e refletir os desafios e as potencialidades do subprojeto de espanhol para as aprendizagens docentes e discentes, tendo como locus de reflexão as iniciativas implementadas em 3 escolas-campo na cidade de Feira de Santana. Trata-se de uma pesquisa de tipo documental construída a partir dos relatos de experiência dos residentes do supramencionado projeto e também de minha experiência enquanto docente orientador. A prática nos permitiu observar o interesse pela aprendizagem da língua, a despeito de um considerável número de evasão, e os efeitos da estrutura escolar sobre a prática docente. Em que pese os desafios, o subprojeto revelou-se uma iniciativa potencializadora na construção da identidade profissional docente e uma forma de valorizar o espanhol nas escolas. Com base no exposto, a RP configura-se como uma política linguística de promoção do espanhol, buscando preencher uma lacuna diante da ausência dessa língua no currículo escolar.