Este artigo emerge de uma experiência formativa: escrita de cartas pedagógicas pelas/os residentes para suas preceptoras, bem como das preceptoras para suas/seus residentes. E tem como objetivo analisar recortes de duas cartas pedagógicas escritas para as preceptoras do Programa Residência Pedagógica (PRP) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) do Campus Amílcar Ferreira Sobral (CAFS) localizado no município de Floriano/PI. A abordagem deste estudo é qualitativa, tratando-se ainda de uma pesquisa documental. Assim, observamos a carta pedagógica como uma ferramenta potente que colabora para a fomentação de diálogo crítico e instigador, como terminante na construção conjunta do conhecimento, perpassando por momentos de discernimento crítico, de trocas e de resolutividades. A análise dos recortes das cartas aponta para a preceptora como uma profissional que intercambiando e mediando experiências no processo de imersão, retroalimenta formativamente o processo da do-discência, como diz Paulo Freire. Fortalecendo desse modo, a formação preceptora-residente. A discussão realizada a partir do estudo também nos convoca à escuta das nossas preceptoras, com o intuito de saber quais os seus sentires e dizeres acerca da sua contribuição para o processo formativo de futuros docentes. O estudo ainda apontou para a necessidade de se formar profissionais éticos e humanos que estejam comprometidos com o ato de educar e de acolher as/os demais profissionais dentro do âmbito escolar público com seu cotidiano dinâmico, considerando as trocas formativas e aprendizagens baseadas no cuidado e no afeto.