O ambiente escolar é um dos espaços da sociedade moderna que mais se promove a comunicação, é também um ambiente de trocas, aprendizados e experiências, por isso é necessário a construção de comunicações saudáveis , em todos os parâmetros. De acordo com esse pensamento, o autor Russo Mikhail Mikhailovich Bakhtin desenvolveu em seus estudos o conceito de dialogismo, área que busca quebrar o monopólio da verdade estabelecida e dar espaço para as relações democráticas dentro da comunidade escolar, através do diálogo. Esse conceito, quando aliado às práticas da comunicação não violenta (CNV) forma um instrumento poderoso contra a realidade opressora das verdades constituídas que oprimem contextos e verdades diferentes, logo nenhuma fala deve ser dissociada de seu contexto, de seu ethos político ideológico e de seu substrato socioeconômico, com finalidade na destituição de preconceitos, comunicação precária e relações desagradáveis. Dessa forma, é indiscutível a necessidade de promover comunidades escolares inclusivas, empáticas, seguras, respeitosas e construtivas, onde todos tenham a liberdade de se expressar, aprender e interagir de maneira saudável. O objetivo deste estudo foi abordar as noções de diálogo e dialogismo tecidos por Mikhail Bakhtin em seus estudos e explorar suas implicações práticas para o estabelecimento da comunicação não violenta no contexto escolar. Ademais, utilizou-se a coleta de dados, por meio de vivências observatórias como alunos bolsistas do PIBID na sala de aula do ensino médio; pesquisa bibliográfica para suporte teórico mediante abordagem qualitativa. Após a discussão, evidenciou-se que para desenvolver essas práticas é necessária uma mudança cultural intensa, incluindo a formação de educadores e gestores, além do compromisso com a comunidade escolar através do diálogo aberto e respeitoso. As práticas da Comunicação Não-Violenta oferecem uma abordagem essencial para a comunidade escolar, a qual aponta e efetiva um ambiente respeitoso, empático que usa o diálogo genuíno como base.