Este trabalho discute uma pesquisa cujo objetivo foi compreender as percepções das professoras da Educação que participaram da formação “Leitura e Escrita na Educação Infantil (LEEI) - 2021/2022”, no formato à distância, em Juiz de Fora/MG, sobre suas práticas com linguagem oral, leitura e escrita e as condições institucionais em que se dão essas práticas. A abordagem histórico- cultural de Vigotski e a perspectiva dialógico-discursiva de Bakhtin foram as lentes teóricas adotadas. Os dados foram produzidos por meio de um questionário composto de 36 itens. Analisaram-se 13 questões que estavam diretamente relacionadas com os dados sobre as professoras (formação e etapa de atuação), sobre as práticas de linguagem oral, leitura e escrita e sobre as condições institucionais. Das 220 professoras que participaram da formação, 142 responderam ao questionário, das quais 121 atuavam nas creches da rede parceira e 99, em escolas da rede pública. Os resultados revelaram que 85 das respostas foram dadas pelas professoras de creche. Em relação à formação, verificou- se que 110 professoras possuíam Licenciatura em Pedagogia. As práticas de leitura e escrita estavam presentes nas creches e escolas nas formas de contação de histórias, leitura de livros de histórias e contato com situações de escrita. Durante a suspensão das atividades presenciais, as atividades impressas tiveram alta frequência na pré-escola. Já nas creches, as brincadeiras por meio de encontros remotos foram mais f requentes. No que diz respeito ao fato de as professoras considerarem ou não a pressão da escola/famílias em relação à alfabetização, as professoras responderam que a pressão maior aparece na pré-escola.