Inclinados a saber como a família na sua maioria, ouvinte, se comunica, interage e ensina o seu filho surdo, elencamos como problemáticas: Como ocorre essa relação família e filho surdo? Quais desafios e viabilidades se ventilam nesse processo? Como as ações da família impactam a vida e o desenvolvimento do surdo? Neste pensar, este artigo tem como objetivo analisar as contribuições da família ouvinte para os sujeitos surdos, no que diz respeito, ao seu processo formativo pessoal e acadêmico. O aporte teórico- metodológico está ancorado em: Clementino (2007); Josso (2009); Passeggi (2011); Perlin (2008); Strobel (2008) e Quadros (2006); Quadros, Silva e Silva (2023). O percurso metodológico se configura como sendo de abordagem qualitativa, pesquisa autobiográfica, entrevista individuais e coletivas com discentes surdos do curso de Letras Libras da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), campus Caraúbas-RN. Os resultados obtidos foram que as famílias desempenham um papel basilar na constituição do sujeito social, portanto a comunicação deve ser um dos elementos que precisam ser inicialmente conquistados neste núcleo; a família deve viabilizar que o surdo tenha contato com a língua de sinais e contato com outros surdos; aceitar, dialogar e orientar o seu filho surdo é primordial; o surdo tem desenvolvimento pleno e, consequentemente, mais autonomia e independência quando a família contribui com a sua formação e, por fim, os surdos se sentem realizados quando tem uma interação satisfatória com seus familiares e esses se empenham em militar com a comunidade surda pela pauta de acessibilidade linguística em todos os âmbitos sociais.