Introdução: dor crônica é a aquela que persiste após o tempo razoável para a cura de uma lesão, ou que está associada a processos patológicos crônicos. Objetivos: caracterizar a dor crônica em idosos cadastrados em serviços de atenção primária à saúde, a fim de evidenciar a influência desta na socialização do idoso e na sua vida diária. Metodologia: a pesquisa realizada foi do tipo descritiva e transversal com abordagem quantitativa. Participaram do estudo 45 idosos; com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, cadastrados na Unidade Básica de Saúde da Família São José/PAPS localizada na zona norte da cidade de Cajazeiras/PB. A coleta dos dados foi realizada no mês de outubro de 2013, por meio de aplicação de um questionário estruturado com variáveis sócio demográfica e perguntas referentes a condição de saúde, quanto à dor e sua localização. Os dados foram analisados através da estatistica descritiva e discutido a luz da literatuta pertinente à temática. A pesquisa foi conduzida dentro dos preceitos éticos da Resolução 466/12 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Resultados e Discussão: As características sócias demográficas dos 45 idosos investigados evidenciaram que 60% eram do sexo feminino, com idade variando de 60 a 87 anos. Quanto à escolaridade, a pesquisa mostrou que existe um número significante de idosos analfabetos (22,2%) e outros com pouca escolaridade (44,4%). Foi unânime a presença de algum problema de saúde nos participantes, dentre os citados pelos participantes se destacaram hipertensão arterial, artrite, artrose, diabetes mellitus, entre outros. No tocante a dor sentida pelos idosos, o estudo mostrou que 88,8% da amostra apresentavam essa sintomatologia. As principais partes do corpo que o idoso referiu sentir dores foram: articulação do joelho, região das pernas e pés, coluna, tornozelo, região do quadril, região cervical. Ressaltando que os locais de dor referidos pelos idosos remetem a possíveis problemas articulares/ósseos. Conclusão: o estudo permitiu caracterizar que a dor em idosos, está associada principalmente as doenças crônicas não tratadas e está entre os principais fatores que limitam a possibilidade do idoso manter seu cotidiano habitual, impactando negativamente a sua qualidade de vida; prejudica, de algum modo, à realização das atividades de vida diária e restringe, em algumas situações, a convivência, cooperando para o isolamento social.