INTRODUÇÃO: A incontinência urinária feminina é um problema de saúde pública comum em qualquer período de vida da mulher, acentuando-se com a idade, e que tem apresentado interesse redobrado dos profissionais da saúde, incluindo o fisioterapeuta, que tem sua importância na execução de recursos fisioterapêuticos que proporcionam uma reeducação perineal e abdominal, conjuntamente com um rearranjo da estática lombopélvica. OBJETIVOS: Identificar a importância dos recursos fisioterapêuticos no tratamento da incontinência urinária. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, sem metanálise, sobre a importância dos recursos fisioterapêuticos na incontinência urinária, realizada em clássicos da literatura pertinente e em artigos publicados nos últimos 05 anos nas bases de dados LILACS e SCIELO, utilizando os descritores “fisioterapia”, “incontinência urinária”, “recursos fisioterapêuticos”. RESULTADOS: Berquó; Ribeiro; Amaral (2012) profere que a cinesioterapia da musculatura do assoalho pélvico é um método que não possui contra-indicações, não tem efeitos colaterais, podendo ser realizada em diferentes posições, como deitada em decúbito dorsal com os membros inferiores (MMII) estendidos ou fletidos, sentada e em pé, sendo o principal objetivo a melhora da força e do tônus muscular, favorecendo uma contração consciente e efetiva dos músculos pela mulher, diminuindo a perda urinária. Outro procedimento utilizado pelos fisioterapeutas é o biofeedback , no qual Pinheiro et al (2012) afirma que o esse procedimento promove a conscientização da musculatura do assoalho pélvico, emitindo sinais luminosos, numéricos e/ou auditivos, ocasionando uma boa e fiel contração perineal que, associado ao treinamento da musculatura pélvica, torna o tratamento mais efetivo. Já Costa e Santos (2012) expõe que a estimulação elétrica é uma modalidade terapêutica utilizada na incontinência urinária de esforço e na hiperatividade detrusora que, quando acompanhada de outras técnicas como a cinesioterapia e o biofeedback, obtém índices de cura que variam de 30-50%, sendo sua relevância na restauração da função normal do assoalho pélvico. Baracho (2007) relata que os cones vaginais são dispositivos utilizados em programas de treinamento da musculatura pélvica, restabelecendo fibras e função muscular, devendo ser indicados no início do tratamento antes mesmo da utilização de outros recursos. Ainda em relação ao autor citado anteriormente, o mesmo propõe que para a aquisição de um tratamento eficaz é necessário o acompanhamento com supervisão e orientações adequadas pelo fisioterapeuta. CONCLUSÃO: Acredita-se que a fisioterapia tem apresentado resultados expressivos para a melhora dos sintomas da incontinência urinária, uma vez que seus recursos têm a importância na melhoria da percepção da musculatura do assoalho pélvico, no aperfeiçoamento da força de contração das fibras musculares, auxiliando o fortalecimento dos músculos necessários para manter a continência urinária.