INTRODUÇÃO: NO ENFOQUE DA ALIMENTAÇÃO, O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) PODE CARACTERIZAR SELETIVIDADE, REPULSA A NOVOS ALIMENTOS, DEPENDÊNCIA DE ROTINAS, COMPORTAMENTO COMPULSIVO E RITUALÍSTICO, HIPER SENSORIALIDADE. NESSE CENÁRIO, A ALIMENTAÇÃO NA ESCOLA, PODE SE ASSOCIAR A REPERCUSSÕES NUTRICIONAIS NESTA FASE DA VIDA. OBJETIVOS: CARACTERIZAR PERFIL SOCIO-ALIMENTAR DE ESCOLARES COM TEA, IDENTIFICAR PRÁTICAS LIGADAS AO CUIDADO NUTRICIONAL DOMICILIAR E ESCOLAR; ANALISAR AS NECESSIDADES SENTIDAS SOBRE GESTÃO DA ALIMENTAÇÃO COTIDIANA. MATERIAIS E MÉTODO: ESTUDO DESCRITIVO, EXPLORATÓRIO, TRANSVERSAL, COM ABORDAGEM QUALIQUANTITATIVA ENVOLVENDO RESPONSÁVEIS E PROFESSORES DE CRIANÇAS DE 5 A 10 ANOS COM TEA, DE UNIDADE EDUCACIONAL PÚBLICA ESPECIALIZADA DE CURITIBA (PR). APLICOU-SE QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO AOS RESPONSÁVEIS, COMPLEMENTADO POR DADOS SECUNDÁRIOS DE REGISTRO ESCOLAR. A CATEGORIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR FOI REFERENCIADA EM ESCALA VALIDADA DE AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR NO TEA. SUBJETIVIDADES RELATIVAS À ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO CUIDADO COTIDIANO DO AGRAVO FORAM EXPLORADAS COM APLICAÇÃO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA AOS PARTICIPANTES. RESULTADOS: O PERFIL GERAL DOS MATRICULADOS FOI PREDOMINANTE MASCULINO (86,96%; N=120), FAIXA ETÁRIA DE 5 A 6 ANOS (50,75%); 78% DOS RESPONSÁVEIS ERAM MULHERES. DOS RESPONSÁVEIS ENTREVISTADOS (N=34), 64,7% POSSUÍAM ENSINO MÉDIO OU SUPERIOR INCOMPLETO; 52,9% EMPREGO INFORMAL; 26,5% ACESSARAM PROGRAMAS SOCIAIS. CONSUMO RESTRITO DE VEGETAIS; RITUAIS COM INDICATIVOS DE COMPULSIVIDADE ALIMENTAR, DEMANDA DE TEMPO AMPLIADA E CUIDADOS SOBRE MOTRICIDADE ÀS REFEIÇÕES RETRATARAM PRÁTICAS ALIMENTARES VIVENCIADAS. TENDÊNCIA COMPENSADORA NA OFERTA DE ALIMENTOS FAMILIARIZADOS COMO ESTRATÉGIA DE GARANTIA DE CONSUMO; DUALIDADE ENTRE TÁTICAS DE SUPERAÇÃO E EXPECTATIVAS DE EVOLUÇÃO COMPORTAMENTAL CATEGORIZARAM INDICADORES DE SOFRIMENTO FÍSICO E PSÍQUICO NO CUIDADO ALIMENTAR. CONSIDERAÇÕES FINAIS: NECESSIDADES SENTIDAS PELOS AGENTES DO CUIDADO EVIDENCIARAM POTENCIAIS RISCOS À SAÚDE NA ALIMENTAÇÃO, DEMANDANDO MODELOS ASSISTENCIAIS ARTICULADOS DE EDUCAÇÃO E SAÚDE, COMO COMPONENTES PARA EQUIDADE E INTEGRALIDADE EM POLÍTICAS PÚBLICAS PARA ESCOLARES QUE VIVEM COM TEA.