NOSSA PROPOSTA É LANÇAR UM OLHAR SOBRE A LITERATURA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO DUAS PROEMINENTES AUTORAS DA CHAMADA NOVÍSSIMA GERAÇÃO: ISABELA FIGUEIREDO E DJAIMILIA PEREIRA DE ALMEIDA. PARA TANTO, O TEMA QUE AS UNE EM NOSSA REFLEXÃO VERSA SOBRE O CONCEITO DE INSÍLIO, PROBLEMATIZANDO A FIGURA DO EXILADO, BEM COMO A DO DESTERRADO, CORRELACIONADOS QUE ESTÃO À TEMÁTICA DOS RETORNADOS. NESSE SENTIDO, EXPLORAREMOS AS NOÇÕES DE PAISAGEM E ESPAÇO NOS ROMANCES A GORDA (2017) E A VISÃO DAS PLANTAS (2019), QUE SE COADUNAM FENOMENOLOGICAMENTE ÀS SENSAÇÕES DE INCOMPATIBILIDADE SOCIAL E FILOSÓFICO DEGREDO DE SI, EXPRESSAS PELOS RESPECTIVOS PROTAGONISTAS, QUE EVIDENCIARIAM, CADA QUAL A SEU MODO, UMA CRÍTICA AOS RESQUÍCIOS DE UM POSICIONAMENTO COLONIALISTA AINDA CIRCUNDANTE EM PORTUGAL HOJE, À REVELIA DE UMA POSTURA REFLEXIVA. GUARDADAS AS PARTICULARIDADES EM SEUS PROJETOS LITERÁRIOS, A POSTURA INTERCAMBIANTE DAS ESCRITORAS ELENCADAS – QUE SE AUTOPROCLAMAM PORTUGUESAS, TODAVIA, ABRAÇANDO AMBAS AS SUAS GÊNESES AFRICANAS, INELUTÁVEIS – AFIRMA UMA DEVERAS AUTENTICIDADE, QUE SE COADUNARIA METAFORICAMENTE FEITO UM AJUSTE DE CONTAS EM RELAÇÃO ÀS VICISSITUDES, QUE MUITO BEM EMULARIAM EM SEUS ESCRITOS, ABARCANDO NÃO SOMENTE OS EXÍLIOS FÍSICOS A QUE MUITOS AFRICANOS FORAM SUBMETIDOS, COMO TAMBÉM OS PSICOLÓGICOS, EM TODA SUA GAMA DE IRREPARÁVEIS PERDAS. PARA TANTO, COMO EMBASAMENTO TEÓRICO, NOS PAUTAREMOS EM AIMÉ CESÁIRE, ANA MAFALDA LEITE, ANA PAULA ARNAUT, BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS, CARMEN LUCIA TINDÓ SECCO, EDUARDO LOURENÇO, FRANTZ FANON, MICHEL COLLOT E NAZIR AHMED CAN.