O ARTIGO TECE UMA BREVE REFLEXÃO A RESPEITO DE COMO ALGUMAS DAS IDEIAS GERAIS DE KATE MILLETT (1970) E SIMONE DE BEAUVOIR (1945) PODEM SER UTILIZADAS PARA PENSAR OS ROMANCES E A NOITE RODA (2012) E O MEU AMANTE DE DOMINGO (2014), DA ESCRITORA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA ALEXANDRA LUCAS COELHO. NOÇÕES COMO A MULHER ENQUANTO O OUTRO DO HOMEM, A BIOLOGIA E A FAMÍLIA ENQUANTO ESTRUTURA SOCIAL MANTENEDORA DA OPRESSÃO DA MULHER SÃO MOBILIZADAS NA DISCUSSÃO EM TORNO DAS FIGURAS FEMININAS DE COELHO, QUE, EMBORA SEJAM AMBAS INDEPENDENTES EM SUAS VIDAS FINANCEIRAS E AMOROSAS, LIDAM COM AS IMPOSIÇÕES QUE LHES SURGE DE MANEIRA DIFERENTE. DE MODO GERAL, ESSE TRABALHO BUSCA APROFUNDAR OS ESTUDOS EM TORNO DE UMA ESCRITORA QUE, SENDO MUITO CONTEMPORÂNEA, MERECE MAIOR ATENÇÃO DA CRÍTICA LITERÁRIA. ASSIM, CONSISTE EM UM TRABALHO ANEXO À PESQUISA CENTRAL QUE SE DESENVOLVE SOBRE A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO EM TEXTOS DA AUTORA – TAIS COMO A CRÔNICA, ROMANCE E LITERATURA DE VIAGENS – EM RELAÇÃO COM QUESTÕES DE IDENTIDADE PORTUGUESA QUE REMETEM À COLONIZAÇÃO NO BRASIL E QUESTÕES DE GÊNERO TEXTUAL. BUSCA-SE APRESENTAR, ENTÃO, MAIS DO QUE RESPOSTAS DEFINITIVAS, A AMPLITUDE DE INDAGAÇÕES QUE PODEM SURGIR A PARTIR DAS OBRAS DE COELHO E, DO MESMO MODO, ABRIR ESPAÇO PARA MAIS DISCUSSÕES EM TORNO DOS ASPECTOS OBSERVADOS.