A IMPORTÂNCIA DE FIAMA HASSE PAIS BRANDÃO PARA O CENÁRIO DA POESIA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA JÁ FOI AFIRMADA POR ALGUNS ESTUDIOSOS E A RIQUEZA DE SUA OBRA POÉTICA É PERCEPTÍVEL A TODOS QUE A LEEM. DEVIDO A ESSA RIQUEZA E AO FATO DE QUE CADA UM É UM LEITOR ÚNICO, COMO A POETISA DESTACA EM “HOMENAGEM À LITERATURA”, É POSSÍVEL TOMAR DIVERSAS CHAVES DE LEITURA DE SUA POESIA E A CHAVE ESCOLHIDA, AQUI, É A ALQUIMIA. A PRESENÇA DA ALQUIMIA NA OBRA DE FIAMA É INEGÁVEL. EM SEU LIVRO O LABIRINTO CAMONIANO E OUTROS LABIRINTOS, ALÉM DE ESCREVER DIVERSOS ENSAIOS SOBRE A ALQUIMIA E A CABALA, A AUTORA TAMBÉM AFIRMA A INFLUÊNCIA DE MUITAS VOZES, ALGUMAS POR ELA ESTUDADAS, EM SEU TEXTO. FORA TAIS EVIDÊNCIAS, A POETISA ABORDA TAL TEMA DIVERSAS VEZES EM SUA OBRA POÉTICA, DIRETA OU INDIRETAMENTE. ESTE TRABALHO PRETENDE OBSERVAR COMO A POETISA ABORDA A TRANSMUTAÇÃO ALQUÍMICA EM DOIS POEMAS DE SUA EXTENSA OBRA POÉTICA: UM PUBLICADO NA DÉCADA DE 1960, “OPERÁRIO CANTADO”, E OUTRO NA DÉCADA DE 1990, “ALQUIMIA DOS RAIOS”. A FIM DE DESENVOLVER A LEITURA DESSES POEMAS, SERÃO CONSIDERADOS TEXTOS LIGADOS DIRETAMENTE À ALQUIMIA, COMO AS OBRAS DE SERGE HUTIN, TEXTOS QUE TRANSITAM ENTRE A ALQUIMIA E A LITERATURA, COMO ENSAIOS DE GIORGIO AGAMBEN E FERNANDO PESSOA, ALÉM DE ASPECTOS ALQUÍMICOS DESENVOLVIDOS POR C.G. JUNG.