A CHAMADA QUADRILOGIA DO ESCRITO VALTER HUGO MÃE, DA LITERATURA PORTUGUESA, TEM MUITO A DIALOGAR COM AS NECESSIDADES PSICOLÓGICAS DO HOMEM NESTE SÉCULO XXI. PARA TANTO, PARTIREMOS DE UMA SISTEMÁTICA REFLEXIVA SOBRE A AMIZADE, O TEMPO E A MEMÓRIA PARA COMPREENDERMOS OS DESDOBRAMENTOS ADVINDOS DE RELATOS MÚLTIPLOS QUE AS NARRATIVAS HÍBRIDAS TORNAM-SE, DESSA FORMA, ESPELHADAS. O TEMA DA FRATERNIDADE, LITERALMENTE A AMIZADE ENTRE PESSOAS QUE SE DOAM AO SEMELHANTE, PRESENTE NOS ROMANCES DE VALTER HUGO MÃE, COM CONOTAÇÕES ÉPICAS, PONTUA SUA OBRA ROMANESCA DE FORMA BASTANTE PECULIAR, SENÃO INOVADORA. A COMEÇAR PELA INSERÇÃO DE UMA ESCRITA INTEGRALMENTE EM LETRAS MAIÚSCULAS, COM A INTENÇÃO DO LEITOR ENXERGAR A LITERATURA COMO LIBERDADE COMPLETA DE PENSAMENTO. DEPOIS, AS ESPECIFICIDADES DOS NARRADORES DÍSPARES, A INTERTEXTULIZAÇÃO ENTRE SEUS ROMANCES COM AUTORIA DO VELHO MUNDO OU A DESCONSTRUÇÃO DE PRESSUPOSTOS DE SARTRE OU DA TEORIA DO CHAMADO PÓS-MODERNISMO E/OU DA MODERNIDADE LÍQUIDA DEVEM SER ABALIZADAS À LUZ DE LEITURAS DAS OBRAS DE UMBERTO ECO, MIKHAIL BAKHTIN, FREDRIC JAMESON E EDWARD SAID, DENTRE OUTROS. O FIO CONDUTOR DE TODA A OBRA DE HUGO MÃE É SUA BUSCA POR UMA HUMANIDADE ESSENCIAL CONCATENANDO A VOZ PODEROSA DO NARRADOR COM OS FATOS MEMORIALÍSTICOS QUE, INVARIAVELMENTE, ABARCA GERAÇÕES. A CHAMADA POS-MODERNIDADE SE FAZ PRESENTE NA APRESENTAÇÃO E NO ENREDO TANTO PERENE QUANTO CONTEMPORÂNEO.