Alice de Azevedo Monteiro foi uma educadora e escritora paraibana, que exerceu o magistério nas primeiras décadas do século vinte. Especializada no modelo pedagógico Kindergarten (Jardim de Infância), foi diretora fundadora do Jardim de Infância Oficial da Paraíba, instalado na capital João Pessoa, no ano de 1934. Engajada na defesa da criança e de sua escolarização, atuou como professora formadora de jardineiras, por meio de “literatura pedagógica” voltada à formação e à prática docente. Os escritos escolares de D. Alice, publicados na Revista do Ensino da Paraíba (1932-1942), versam sobre a criança, a educadora infantil, o jardim de infância, os métodos e processos de ensino, as brincadeiras e as aprendizagens infantis na primeira escola; dialogando com as teorias dos principais estudiosos da pedagogia infantil dos séculos dezenove e vinte. Tendo em vista a contextualização proposta, o artigo objetiva refletir as teorizações e propostas educativas racionalmente sistematizadas pela professora Alice de Azevedo Monteiro, em observância às teorias de Friedrich Froebel, John Dewey, Maria Montessori e Jean-Óvide Decroly. Com base na teoria da forma e do modo escolar de socialização, as ideias e propostas educativas defendidas por essa educadora são entendidas enquanto um conjunto de “saberes autorizados”, condizentes tanto à pedagogia da Educação Moderna (“caixa de utensílios”) como à pedagogia da Nova Educação (“ciência da biblioteca").