Este trabalho objetiva analisar a concepção e/ou noção de qualidade da educação brasileira, sob o ideário neoliberal do capital em crise estrutural, abordada pela Campanha Nacional Pelo Direito à Educação (CNDE). Assim sendo, conforme a perspectiva marxista, pautado, principalmente, nas discussões de Mészáros (2002), Tuão (2017), Duarte (2016), Young (2007) Saviani (2011) e Chaves (2019), o estudo parte de uma pesquisa documental e bibliográfica; rastreamos a construção conceitual e prática de qualidade da educação defendidos nos documentos publicados pela CNDE, com cerne no último lançado, intitulado: “Quanto custa a educação pública de Qualidade no Brasil?” (2018). Em linhas gerais, asseveramos que a CNDE expressa força política e notoriedade na construção das políticas públicas educacionais brasileiras, embora se contraponha a falta de qualidade na educação, não consegue se contrapor a concepção empresarial imposta e articulada às recomendações dos organismos internacionais que, sobremaneira, ajusta a formação da classe trabalhadora aos interesses do mercado de trabalho; imprimindo as noções de competências, flexibilidade, consenso e adaptação à lógica mercadológica e concorrencial do capital em crise estrutural e humanitária.