Este trabalho propõe (re)pensar as práticas inclusivas que dizem respeito ao processo formal de ensino-aprendizagem. Trata especificamente sobre o material didático para alunos surdos que cursam os primeiros anos da formação básica, isto é, Ensino Fundamental I. Aborda o eixo artístico, de acordo com a grade curricular, tendo em vista a apreciação consciente, experimentação sensorial e inclusão. A pesquisa baseia-se em práticas pedagógicas propostas para os anos iniciais da Educação Básica, a partir das experiências vividas no programa de residência pedagógica em escolas da rede SESI-SP. A escolha dessa faixa etária considera que, nessa fase, o estudante cria vínculos afetivos (Wallon,1978) e símbolos detentores de significado, especificamente para que a pessoa surda se reconheça no mundo artístico, conquistando avanços significativos em seus processos de ensino-aprendizagem, bem como exploram ativamente a criatividade em cada uma de suas etapas (Dewulf, 2007). Este trabalho destaca que o afeto é um instrumento pedagógico que precede ao uso do giz e da lousa. Entende que o afeto é científico: ao consumar o afeto, o cérebro recompensa o corpo por meio da liberação de impulsos químicos que trazem a sensação de prazer e de alegria. Ser afetivo não é ser adocicado. Ser afetivo é utilizar no anfiteatro das emoções um eficaz e real instrumento pedagógico que funciona como mediador da aprendizagem, trabalhando a memória e a cognição.