Este estudo tem como objetivo aprofundar as discussões sobre a invisibilização de corpos e expressões que divergem de noções pré-determinadas, impostas e tangíveis, relacionadas à normatividade dos papéis de identidade e gênero presentes nas vivências escolares. Trata da ausência de espaços seguros e acolhedores em instituições formais de ensino e discute a marginalização e a patologização de identidades não conformantes ao padrão binário. Analisa o fato de que a normatividade, progressivamente, sendo utilizada de modo a retirar a dignidade e as vozes de grupos, seja pela falta de representação simbólica, material, histórica e de acesso à cultura. Esta pesquisa possui o intuito de focar, discutir, celebrar e mediar os costumes, origens, signos e simbolismos referentes à própria existência. Relaciona os impasses sociais à evasão escolar, devido à falta de aplicação de práticas sociais que visam incluir tais vivências no âmbito social, classificando-as como casos categoricamente patológicos, os quais têm sua imagem abalada por perspectivas degradantes que retiram a individualidade e servem para desumanizar e, até mesmo, reverter tais características. Considera que, tais fatores quando interligados, também resultam em um percentual significativamente baixo no que se refere à adesão a instituições de ensino superior e, extensivamente, às condições de vida dignas. A base teórica utilizada segue os pressupostos de Dodi Leal (2018), Alessandro Barrata (2013), Tatiane de Souza Ferreira (2017), Daniel Duarte Sagrillo (2017), Tatiane Lima (2020), dentre outros autores.