Esse trabalho discute os caminhos e adversidades da educação brasileira no período de fechamento das escolas durante o ano de 2020 e 2021 como forma de evitar a contaminação pela síndrome respiratória aguda grave, Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2). Visando apresentar a conjuntura educacional vivida no momento da pandemia da Covid-19, uma tratativa minuciosa de ações e inações foi realizada no início da pandemia, bem como seu desenrolar nos anos iniciais de disseminação do vírus no Brasil. O ensino remoto emergencial que por meio das tecnologias de informação e comunicação tornou possível a continuidade dos estudos, difundiu-se na sociedade apresentando um cenário educacional singular. Esse ensino foi avaliado sob a ótica das plataformas virtuais e metodologias, do trabalho e desafios dos professores, do envolvimento dos estudantes e, respectivamente, de seus responsáveis. Do ensino médio à graduação, entraves históricos como desigualdade social, defasagem no uso de metodologias, currículos conteudistas e infraestrutura foram apontados. A nova forma de ensinar e aprender advindo do isolamento social trouxe ganhos no desenvolvimento de competências, como autonomia, colaboração, solidariedade e empatia, como também a possibilidade de o ensino cruzar fronteiras físicas antes dogmatizadas por entraves políticos e sociais. Para tempos pós-pandemia, instituído como o “novo normal”, novos olhares, novas ações e mudanças profundas reavaliam a formação e alinhamento dos professores entre as esferas da educação, e a contribuição da educação para a reprodução social de favorecimento dos estudantes com melhores condições.