O presente artigo é resultado de uma pesquisa bibliográfica, de cunho qualitativo, que tem por objetivo analisar a relação de crianças pequenas com os desenhos animados e as mídias digitais, investigando como se dá o interesse delas por esse tipo de entretenimento. Para a coleta das informações foram utilizados como referência teórica principalmente os autores Peres (2005) e Ferreira (2008), relacionadas com os preceitos jurídicos que regulamentam a produção e a circulação dos materiais audiovisuais direcionados ao público infantil. A pesquisa inicia-se com um recorte teórico sobre a trajetória do desenho ao longo do desenvolvimento humano, destacando-o como forma de representação histórica e social. Nessa perspectiva, apresenta-se também a origem do desenho animado e o histórico das transmissões na televisão brasileira e nas plataformas de streaming a fim de promover uma reflexão sobre como esses desenhos animados podem interferir na educação e no desenvolvimento físico e emocional das crianças, bem como o que poderia ser mais ou menos adequado à faixa etária entre 3 a 5 anos de idade, público alvo desta pesquisa. E, finalmente, evidencia-se a parcela de responsabilidade dos pais sobre o tempo de tela considerado adequado para esse grupo etário, uma vez que ainda não desenvolveram autonomia para discernir sobre o uso saudável das mídias.