Este trabalho objetiva refletir sobre a autonomia profissional presente nos espaços de formação continuada de professores. A profissão docente, historicamente, tem atraído diferentes olhares, devido a sua influência na formação dos sujeitos para a sua inclusão no exercício da cidadania. Assim, a formação de professores ganhou notoriedade política e relevância educacional, a partir da complexidade da profissão com os atuais desafios. O exercício docente requer domínio de conhecimentos específicos da área, saberes pedagógicos e domínio tecnológico para adequação às inovações contemporâneas. De natureza qualitativa, o percurso metodológico integrou técnicas e estratégias diversificadas. Neste recorte, a ênfase recai sobre o estado da questão com produções científicas dos últimos nove anos da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), no período de 2016-2024 por este demarcar a temporalidade da formação continuada de professores a partir da instituição da Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica. O referencial teórico apoiou-se nos estudos de Contreras (2002), Nóbrega-Therrien e Therrien (2010; 2011) e outros. Os resultados apontaram entraves normativos, burocráticos e prescritivos que desafiam a efetividade da autonomia do professor. A sujeição do currículo oficial, que pressiona a autonomia profissional que se faz movida a interesses contraditórios e incorporada ao controle do Estado sob a determinação de normas e diretrizes. No entanto, a depender do conteúdo e das condições de realização deste, bem como da oferta e da sistemática formativa, surge a resistência através da dialética, e deste processo, a possibilidade de autonomia. Palavras-chave: Estado da Questão, Desenvolvimento profissional, Identidade docente.