O presente trabalho traz um relato de experiências de duas bolsistas do PIBID-Bio, mulheres negras, inseridas em uma Unidade Escolar da periferia do Município de Fortaleza. É fato que o racismo estrutural está na sociedade e também é reproduzido nas escolas. No entanto, a escola também é um espaço de formação que pode transformar a sociedade. Diante dessa problemática, pergunta-se: É possível uma educação antirracista por meio do ensino de Ciências da Natureza? Para responder essa pergunta, foi apresentado o presente relato de experiência que traz a roda de conversa como possibilidade de estratégia pedagógica para uma Educação Antirracista no Ensino de Ciências da Natureza. Os registros foram realizados em diário de campo, por meio da técnica de observação participante. Como resultados, é possível confirmar a hipótese de que as rodas de conversas facilitam o diálogo sobre racismo e pensar em ações para combatê-lo. A oralidade é um valor civilizatório na cultura africana e afro-brasileira. Assim, por meio de contações de história e situações problematizadoras, o corpo discente entra em contato com um ensino de Ciências da Natureza crítico, problematizador, significativo e contextualizado com a realidade. Considera-se, portanto, que a roda de conversa se constitui em uma estratégia pedagógica adequada para uma educação antirracista no ensino de Ciências da Natureza.