Esta pesquisa se insere no campo de discussões sobre a aprendizagem da docência de Geografia, que geralmente tem amparo central nos componentes curriculares de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado. Contudo, nesta pesquisa, assume centralidade um programa de iniciação à docência, o Residência Pedagógica. Neste, os professores em formação devem desenvolver experiências que os instrumentalizem a implementar metodologias de ensino da Geografia. Aqui consideramos o PRP também uma ferramenta de formação continuada para aqueles que estão na condição de ensinantes da docência, os preceptores. Em decorrência, o objetivo geral é analisar como a mobilização de saberes para exercício da preceptoria implica em ressignificação da prática, portanto de saberes e fazeres docente. Especificamente buscou-se identificar como as preceptoras de Geografia percebem e incorporam em suas habilidades e competências da docência os conhecimentos construídos no âmbito do PRP. Este trabalho, de abordagem qualitativa, foi desenvolvido a partir da análise de anotações em diário de campo de um grupo de três professoras, na condição de preceptoras do Programa Residência Pedagógica, de subprojeto do curso de Licenciatura em Geografia do DCH – campus V da UNEB. A organização da análise se deu a partir de duas categorias analíticas: a) processo de formação inicial na licenciatura; b) elementos do Residência Pedagógica expressos na organização e desenvolvimento do trabalho docente. O principal resultado aponta que a preceptoria se constituiu relevante instrumento de qualificação da docência de Geografia.