Em um contexto onde a educação intercultural é cada vez mais relevante, a analogia entre os ciclos astronômicos e o jogo Mancala surge como uma ferramenta educacional que busca unir conceitos da etnoastronomia com a aplicação prática da Lei 10.639, ilustrando como a observação astrológica também envolve planejamento e estratégia, usando o jogo Mancala como uma ponte entre conceitos astronômicos universais e as práticas culturais específicas gerando assim uma abordagem lúdica e envolvente. Para a aplicação dessa analogia, foi elaborado uma sequência didática contendo 4 aulas. As duas primeiras se iniciaram com uma roda de conversa para a compreensão do conceito de descolonização do saber dentro da ciência, reconhecendo a importância de ampliar perspectivas e incluir vozes marginalizadas nos processos educacionais. As duas últimas aulas seguiram com a apresentação e aplicação da analogia entre os astros e o jogo Mancala, além de informações sobre as regras e história do jogo. Nesta exploração detalhada, conseguimos mergulhar nas similaridades entre os movimentos celestiais e a dinâmica do Mancala, desvendando uma conexão profunda entre o céu estrelado e o tabuleiro de sementes. O céu, com seus astros girando em órbitas celestiais, reflete uma dança cósmica. No Mancala, as sementes, como estrelas em miniatura, seguem uma trajetória circular ao serem semeadas e colhidas. Ambos os cenários compartilham essa característica de movimento circular, onde a repetição de padrões é um reflexo do constante ciclo da vida.