O presente trabalho discorre sobre experiências adquiridas e experimentações realizadas por pibidianos do Curso de Licenciatura em Geografia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, no Colégio Estadual Duque de Caxias. O mesmo tem como objetivo compreender como o uso da música, como recurso didático, pode melhorar o diálogo e interação dos estudantes nas aulas de Geografia. Para o desenvolvimento da atividade, foi necessário buscar por músicas que contemplassem o tema da consciência negra, que tivessem poder reflexivo e que fossem atrativas para a turma de 8º ano do ensino fundamental. Duas músicas foram escolhidas: “Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”, de O Rappa e “Eu sou”, de Washington Duarte. A sala foi disposta em semicírculo e o diálogo aconteceu. Pensar em recursos didáticos que promovam dinamicidade com criticidade, nas aulas, na tentativa de estimular o interesse e a participação dos alunos é fundamental. Deste modo, observamos que a música é um instrumento didático altamente incentivador de forma que desperta a atenção dos discentes. A partir dessa abordagem, foi possível refletir sobre as práticas em sala para além do tradicional, e despertar a participação dos educandos para debater assuntos do cotidiano. As músicas que foram escolhidas, foram um incentivo para tratar de questões como o racismo estrutural no Brasil e as formas de violência contra a população negra. As ações realizadas na atividade demonstraram que a utilização deste recurso didático trouxe uma perspectiva lúdica, divertida e contemplou o protagonismo dos estudantes na aula de Geografia.