A quitosana é um polímero natural, biodegradável e bioabsorvível e seus produtos de degradação são atóxicos, não imunogênicos e não carcinogênico. Quando aplicada na Biomedicina, a quitosana é um biomaterial que favorece a reconstituição fisiológica da pele. Características como cristalinidade, morfologia e tempo de degradação dos biomateriais obtidos a partir da quitosana são fundamentais e tais características podem ser trabalhadas de várias formas, o que vai depender da aplicação em questão. Acredita-se que a adição de carbonato de cálcio em filmes de quitosana pode alterar algumas destas características da quitosana. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo desenvolver e caracterizar, química e morfologicamente, membranas de quitosana e compósitos quitosana/carbonato de cálcio de origem animal, extraído da casca do ovo de galinha. Membranas de quitosana e compósito quitosana/(CaCO3) nas proporções de 1%, 5% e 10%, foram preparadas e caracterizadas por Difração de raios X (DRX), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Ensaio de Biodegradação Enzimática. A técnica de DRX mostrou que, quanto maior a quantidade de CaCO3, maior é a cristalinidade do compósito. Quanto à topografia das amostras, o MEV revelou que as partículas de carbonato de cálcio formaram aglomerados de tamanhos e formas variadas, porém bem distribuídas nas membranas e os resultados de biodegradação apontaram que todas as membranas apresentaram-se biodegradáveis. Baseado nos dados obtidos neste trabalho pode-se concluir que a inserção de carbonato de cálcio aumentou a cristalinidade das membranas de quitosana além de servirem como fonte de cálcio na regeneração tecidual e de contribuir para a redução da poluição ao meio ambiente, já que o material utilizado para obtenção das membranas são biodegradáveis e renováveis.