ONFÁLIA BENOITON TEXTO PUBLICADO POR EÇA DE QUEIRÓS EM 15 DE DEZEMBRO DE 1867, NA GAZETA DE PORTUGAL, TORNOU-SE UMA FIGURA SIMBÓLICA, SENDO RESGATADA, POSTERIORMENTE, EM OUTROS TEXTOS COMO NO POEMA A CARLOS BAUDELAIRE, DO HETERÔNIMO COLETIVO CARLOS FRADIQUE MENDES, CRIADO POR EÇA, ANTERO DE QUENTAL E JAIME BATALHA REIS, NO ROMANCE O MISTÉRIO DA ESTRADA DE SINTRA, ESCRITO POR EÇA JUNTAMENTE COM RAMALHO ORTIGÃO, E NO POEMA FLORES VENENOSAS – I CABELOS, DE CESÁRIO VERDE. A EXPRESSÃO BENOITON NÃO SE REFERE NECESSARIAMENTE À ONFÁLIA, PERSONAGEM CRIADA POR EÇA, E SIM À PERSONAGEM MADAME BENOITON, DA PEÇA LA FAMILLE BENOITON, DE VICTORIEN SARDOU (1831-1908), DRAMATURGO FRANCÊS. A EXPRESSÃO BENOITON PODE SER COMPREENDIDA TANTO COMO UM ADJETIVO (REFERINDO-SE À FRIEZA, À MATERIALIDADE, AO DOM-JUANISMO), QUANTO COMO UM ADJUNTO ADVERBIAL DE MODO (RELATIVO À MODA, AO CHIC, E AO TOILLET). DIANTE DESSAS REFERÊNCIAS, ESTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO FAZER UM LEVANTAMENTO DE COMO A EXPRESSÃO BENOITON INFLUENCIOU AS MULHERES EM RELAÇÃO À MODA NA ÉPOCA OITOCENTISTA, NÃO SÓ EM PORTUGAL, MAS TAMBÉM AQUI NO BRASIL. PARA TANTO SERÃO UTILIZADOS O PERIÓDICO O CORREIO PAULISTANO (1854-1859) ENCONTRADO NA HEMEROTECA DIGITAL DA BIBLIOTECA NACIONAL, E O CORREIO DAS DAMAS (LISBOA, 1867-1879), NA BIBLIOTECA NACIONAL DE PORTUGAL. AQUI, SERÁ POSSÍVEL DEFINIR AS TEMÁTICAS DE MODA, PRIMORDIALMENTE, OS ARTIGOS DE MODA, BEM COMO AS SUAS GRAVURAS DE MODA, RESPONSÁVEIS POR DAR A CONHECER À SENHORA OITOCENTISTA QUE SE VESTIA À MODA BENOITON.