VINDO DA MITOLOGIA GREGA, O MITO DE EROS E PSIQUE ESTÁ PRESENTE EM INÚMERAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS QUE TRATAM DO AMOR, SOBRETUDO, NAS LITERÁRIAS. PRIVILEGIANDO A ANÁLISE DE TEXTOS LITERÁRIOS ATRAVÉS DA PSICOLOGIA ANALÍTICA, NOS EMBASAREMOS NOS CONCEITOS DE ARQUÉTIPO E INDIVIDUAÇÃO DE CARL GUSTAV JUNG PARA A LEITURA DE TRÊS POEMAS DA LÍNGUA PORTUGUESA. DIVIDIREMOS O MITO EM TRÊS FASES DISTINTAS, O COMPARANDO COM TRÊS POEMAS DE DIFERENTES AUTORES E GERAÇÕES DE POETAS DA LÍNGUA PORTUGUESA: TRANSFORMA-SE O AMADOR NA COUSA AMADA DE LUÍS VAZ DE CAMÕES, A PAIXÃO SEGUNDO CAMÕES, DE CARLOS FELIPE MOISÉS E TRANSFORMA-SE O AMADOR NA COISA AMADA, COM SEU, DE HERBERTO HELDER. IREMOS RELACIONAR O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO DE PSIQUE À PROJEÇÃO DO ARQUÉTIPO DE ANIMA DE CADA EU-LÍRICO, A FIM DE DEMONSTRARMOS A INFLUÊNCIA ARQUETÍPICA NA POESIA. O EXERCÍCIO DE ANÁLISE COMPARATIVA AQUI PROPOSTO BASEIA-SE NA AFIRMAÇÃO DE OCTÁVIO PAZ DE QUE O ATO DE POETIZAR NÃO SE CONSTITUI DE INTERPRETAÇÃO, MAS SIM DE REVELAÇÃO DA CONDIÇÃO HUMANA. PRIVILEGIANDO A PSICOLOGIA ANALÍTICA PARA A ANÁLISE DE TEXTOS POÉTICOS EM DETRIMENTO DE TEORIAS DA LITERATURA, CONCLUIREMOS QUE O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO É INERENTE AO FAZER POÉTICO E O PRÓPRIO POETIZAR É UM EXERCÍCIO DE BUSCA DA INDIVIDUAÇÃO.