ESTA COMUNICAÇÃO PRETENDE APROXIMAR AS REFLEXÕES PROPOSTAS POR CARLOS DE OLIVEIRA E AFONSO CRUZ EM SUAS RESPECTIVAS OBRAS FINISTERRA: PAISAGEM E POVOAMENTO E O QUARTO VOLUME DA ENCICLOPÉDIA DA ESTÓRIA UNIVERSAL, INTITULADO AS REENCARNAÇÕES DE PITÁGORAS, ACERCA DAS FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DO REAL E DA BUSCA PELO CONHECIMENTO. PARA TANTO, A DISCUSSÃO SERÁ CONDUZIDA PELAS TEORIAS DE WALTER BENJAMIN A RESPEITO DO FRAGMENTO E DA REFLEXÃO NO DRAMA BARROCO E NO ROMANTISMO ALEMÃO APLICADAS ÀS OBRAS. AS APROXIMAÇÕES ENTRE ESSAS OBRAS APONTAM PARA UMA ESTRUTURA RIZOMÁTICA, PORTANTO FRAGMENTÁRIA, ENSAIADA POR CARLOS DE OLIVEIRA ENTRE OS ANOS 1960-1980, E REALIZADA COM SUCESSO POR AFONSO CRUZ NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XXI, QUE REFLETEM, NA FORMA DOS TEXTOS, OS TRATADOS DE BUSCA INFINITA PELO CONHECIMENTO QUE SEUS CONTEÚDOS PROPÕEM. A PARTIR DOS SIGNOS DOS GRÃOS DE AREIA E DOS ASTROS, PRESENTES EM FINISTERRA E NO POEMA “DUNAS” DO POETA DA GÂNDARA, E NOS VERBETES “WILLIAM BLAKE” E “ALBERTUS HOFWEGEN” DE AS REENCARNAÇÕES DE PITÁGORAS, DO AUTOR CONTEMPORÂNEO, CONCLUI-SE QUE, SE NÃO HÁ UMA INFLUÊNCIA DIRETA – COMO A DE CARLOS DE OLIVEIRA À GERAÇÃO DE POESIA 61 –, AFONSO CRUZ É HERDEIRO DA LINGUAGEM REVOLUCIONÁRIA QUE O AUTOR DE CANTATA LEGOU À LITERATURA PORTUGUESA.