RESUMO Foca-se neste trabalho a intenção de pesquisar como a escola sempre esteve ligada às estruturas socioeconômicas e como a atual precarização do trabalho e da figura emergente do empreendedor se refletem no novo ensino médio brasileiro. Neste sentido, abordaremos como a organização pedagógica e física da escola esta voltada para atender os interesses de uma maquina social fabril, de modo que o comportamento esperado dos operários nas fabricas é repassado na sala de aula. Assim, a escola no século XX tem a sala de aula organizada em fileiras, se aproximando da dinâmica de esteira em fabricas. Porém, a partir do final do século XX, com as transformações tecnológicas das fábricas e a ascensão do neoliberalismo a escola passa a ser pressionada para atender novas demandas, como o Just-in-time e o do it yourself. Nesse contexto, no Brasil surge a discussão e posterior aprovação do novo ensino médio (2017), que propõe que o aluno seja capaz de decidir de forma autônoma o que lhe interessa aprender e como alcançar seus objetivos para que a partir de agora o protagonismo de sua educação e vida seja sua. Essa pesquisa também busca refletir sobre os limites e contradições do projeto de vida assim como pensar um projeto de vida que não seja empreendedor. Palavras-chave: Empreendedor; Projeto de vida; Novo Ensino Médio