Este resumo tem por objetivo analisar as percepções de licenciandos em Educação Física sobre sua trajetória na universidade, considerando momentos em que se sentiram incluídos/excluídos. Para isso nos embasamos em um conceito de inclusão que é amplo, processual, dialético e infindável (Sawaia, 2022; Booth; Ainscow, 2012; Santos; Fonseca; Melo, 2009). Em contraponto ao histórico da Educação Física, nos baseamos em um conceito de formação docente na e para perspectiva inclusiva (Fonseca 2021). Para isso, realizamos uma pesquisa qualitativa (Turato, 2003), com 112 estudantes de Licenciatura em Educação Física da UFRJ, que foram questionados quando se sentiram excluídos na Universidade. A partir das respostas emergiram duas categorias: assédio e de inferiorização do ser mulher e desigualdade social e econômica. Tais relatos denunciam a naturalização da violência e fortalecem a masculinidade hegemônica presente na sociedade, além da falta de sensibilidade e consciência social por parte de alguns docentes. Desta maneira, essas questões urgem ser problematizadas ainda durante a formação docente, não basta formar para inclusão se essas pessoas se sentem excluídas e não tem suas diferenças reconhecidas e valorizadas ao longo da trajetória formativa.