A proposta desse Painel une três textos que propõem uma reflexão sobre a metáfora lúdica nos espaços de escolarização, incluindo o grau ou a finalidade dessa formação. O primeiro texto é fruto de uma pesquisa que numa análise de dissertações e teses do GEPCOL ? Grupo de Estudos e Pesquisa sobre a Corporeidade e Ludicidade ? é possível identificar os jogos e as brincadeiras em seus aspectos formativos, recreativos, curativos e educativos. O método de eleição, o etnográfico permite-nos apontar as possibilidades que veem o outro além do passe-partout da vida cotidiana. O segundo texto resenha as experiências e percepções de professores e TDI’s, a partir das narrativas que arrimam os discursos e práticas de educadores, durante encontros formativos na Educação Infantil, oferecidos pela Secretaria Municipal de Educação em Várzea Grande-MT. O terceiro texto investiga as propostas de melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem através do comportamento lúdico, entendendo a influência da formação inicial na vida profissional dos professores que trabalham com a Educação Infantil. O brincar para a criança é uma atividade social na inserção da cultura humana. Os trabalhos revelam que no cotidiano das instituições, a ludicidade, enquanto linguagem do corpo, interpretada, às vezes, como estorvo aos ritos do ensinar e do aprender, que a escola tenta silenciar, ainda vige como expressão de comunicação social entre alunos e professores. Conclui-se a necessidade de reflexão e apontamentos para qualificação dos espaços de escolarização, na adoção de uma linguagem lúdica que auxilie nas investigações de fenômenos educativos.