PROPOMOS NESTE TRABALHO DEMONSTRAR A TESE DE QUE O SENTIDO METAFÍSICO PRESENTE NA POESIA DE TEIXEIRA DE PASCOAES CONFIGURA-SE COMO UM CAMINHO DE ENCONTRO COM O FÍSICO. CONSIDERAREMOS DUAS LINHAS DE FORÇA QUE AGEM NA SUA OBRA POÉTICA, SOBRETUDO A PUBLICADA NOS PRIMEIROS DECÊNIOS DO SÉCULO XX, COM DESTAQUE PARA MARÂNUS (1911): (I) O GOSTO PELA IMAGINAÇÃO CRIADORA DE SEUS SUJEITOS POÉTICOS; (II) O SENTIDO DE “HARMONIA” ATUANTE EM SUA OBRA. TENDO EM CONTA A VASTA PRODUÇÃO DO AUTOR, ONDE SE AVULTAM DIVERSOS CAMINHOS INTERPRETATIVOS, ADOTAREMOS COMO FERRAMENTA METODOLÓGICA A RITMANÁLISE, TEORIA ELABORADA PELO FILÓSOFO LUSO-BRASILEIRO LÚCIO PINHEIRO DOS SANTOS E DATADA DA DÉCADA DE 1930, QUE SE DEDICA AO ESTUDO DO RITMO. É A PARTIR DE UMA LEITURA RITMANALÍTICA DA POESIA DE PASCOAES, AFIANÇADA NA ARTICULAÇÃO ENTRE O POÉTICO E O FILOSÓFICO, QUE BUSCAREMOS LER E FAZER FALAR A NATUREZA, EVOCANDO UMA OBRA QUE É ESCRITA “COM” O FÍSICO, E NÃO PROPRIAMENTE “SOBRE” ELE. SENDO ASSIM, JUSTIFICAMOS NOSSAS ESCOLHAS HERMENÊUTICAS, QUE RECAEM NA APREENSÃO DO “RITMO” COMO UM ELEMENTO FUNDAMENTAL PARA A (CON)FUSÃO COM O MEIO EXTERIOR, QUESTÃO MUITO PRESENTE NA POESIA DE UM AUTOR QUE DESDE SEMPRE SE IDENTIFICOU COM A SUA TERRA E A INSCREVEU EM SEU NOME LITERÁRIO, TEIXEIRA “DE” PASCOAES.