NASCIDA EM PORTUGAL, ADELINA LOPES VIEIRA (1850-1923) FOI TRAZIDA PELA FAMÍLIA PARA MORAR NO BRASIL AINDA NOS PRIMEIROS ANOS DE SUA VIDA. SEJA COMO POETISA, SEJA COMO COLUNISTA EM JORNAIS, ADELINA FIGUROU EM SUA ÉPOCA COMO UM DOS GRANDES NOMES QUE PUBLICAVAM EM PERIÓDICOS BRASILEIROS, O QUE LEVANTA QUESTIONAMENTOS ACERCA DO SEU APAGAMENTO PELA HISTORIOGRAFIA LITERÁRIA. A AUTORA ERA RECONHECIDA NO OITOCENTOS E POR VEZES CITADA JUNTO A OUTROS LITERATOS CÉLEBRES, MAS O FATO DE SER UMA MULHER INTELECTUAL FEZ COM QUE FOSSE ALVO DE CRÍTICAS E ATAQUES NA IMPRENSA POR SUAS IDEIAS. SUA CONTRIBUIÇÃO PARA AS LETRAS FOI DIVERSIFICADA E VASTA, ADELINA LOPES VIEIRA PUBLICOU TRÊS LIVROS ─ MARGARITAS (1878), POMBAL (1880) E DESTINOS (1900) E COLABOROU TAMBÉM EM PERIÓDICOS E EM OBRAS COLETIVAS. ALÉM DISSO, DADO SEU PRESTÍGIO, A POETISA FOI COAUTORA DO LIVRO CONTOS INFANTIS (1886) NA ESTREIA DE SUA IRMÃ, HOJE CÉLEBRE NOS ESTUDOS DE LITERATURA, JULIA LOPES DE ALMEIDA. A TEMÁTICA DE SEUS TEXTOS ERA PLURAL, MAS ESTAVAM INTIMAMENTE LIGADAS COM QUESTÕES IMPORTANTES PARA MULHERES DE SEU TEMPO COMO A EDUCAÇÃO DAS MENINAS, O CASAMENTO, A EMANCIPAÇÃO E ATÉ MESMO CERTA PARTICIPAÇÃO POLÍTICA. JUSTAMENTE É SUA QUESTÃO TEMÁTICA QUE NOS CAUSA MAIOR INTERESSE JÁ QUE SEUS TEXTOS DOCUMENTAM E NOS APROXIMAM DO QUE ADELINA LOPES VIEIRA VALORIZAVA EM LITERATURA E TAMBÉM PARA O SEXO FEMININO. ELA DEMONSTRAVA ESTAR ATENTA ÀS NOVIDADES LITERÁRIAS E SE APROXIMAVA DOS ESTILOS DE ÉPOCA, COMO O REALISMO, APESAR DE TER SIDO ACUSADA DE PERMANECER ROMÂNTICA. SENDO ASSIM, ESTE TRABALHO PRETENDE TIRAR DO SILÊNCIO SUA VIDA E OBRA DADA SUA IMPORTÂNCIA E NOTORIEDADE EM SEU TEMPO.